Segunda-feira, 22 de Novembro de 2021

O livro de Enoch

"[ ] Nuvens e névoa envolveram-me, estrelas agitadas e brilho de relâmpagos impeliram-me e pressionaram-me adiante, enquanto ventos davam assistência ao meu vôo, acelerando o meu progresso. Eles elevaram-me no alto, ao céu."

Excerto de "O livro de Enoch"


publicado por V.A.D. às 20:35
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Domingo, 21 de Novembro de 2021

O Ramayana

"No céu ele viu Indra, esplendidamente vestido em mantos livres de qualquer partícula de poeira, seu corpo brilhando como o sol ou o fogo, sobre uma carruagem esplêndida, seguido por todos os celestiais e inúmeros sábios de grande alma como ele próprio, que serviam como sua escolta. [  ] Aquele carro aéreo, que brilhava como o sol nascente e, luminoso como disco da lua, se assemelhava a uma massa de nuvens brancas."

Excerto de "O Ramayana"


publicado por V.A.D. às 21:30
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Sábado, 3 de Agosto de 2019

Mahabharata महाभारत

"O céu que tu vês acima é Infinito. ( ) Os seus limites não podem ser averiguados. O Sol e a Lua não podem ver, acima ou abaixo, além dos limites de seus próprios raios. Lá, onde os raios do Sol e da Lua não podem alcançar, há corpos luminosos que são autorefulgentes e que possuem um esplendor como aquele do Sol. ( ) Possuidores de esplendor célebre, mesmo estes últimos não vêem os limites do firmamento por causa da inacessibilidade e infinitude daqueles limites. Este Espaço, o qual os próprios deuses não podem medir, está repleto de mundos resplandecentes e auto-luminosos."

Excerto do Mahabharata

 


publicado por V.A.D. às 00:38
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Domingo, 13 de Maio de 2007

Dédalo

O lendário arquitecto e escultor da antiguidade tinha sido encarregado de construir o célebre labirinto para aprisionar o terrível Minotauro, fruto dos amores proibidos de Pasífae com um touro. Para escapar de Creta, onde o tirânico rei Minos o mantinha prisioneiro na sua própria criação, Dédalo fabricou asas com penas de pássaro, fixadas com cera, para si e para o seu filho Ícaro. Voou ileso até à Sicília, mas o seu temerário filho morreu: apesar dos avisos do pai, aproximou-se demais do Sol e a cera derreteu, desfazendo por completo as asas que o faziam voar, tendo caído no mar, perto da ilha grega que hoje se chama Icário. Engenhosa, a mitológica tecnologia desenvolvida por Dédalo não era contudo suficiente para chegar às estrelas. Será que existe algum meio capaz de proporcionar essa façanha, ou os arrojados projectos dos cientistas de hoje não passam de vãos exercícios experimentais? Por mais obstáculos que o Homem ainda tenha de enfrentar, estou certo de que os seus esforços dar-lhe-ão as ferramentas capazes de o habilitar finalmente à grande aventura: a concretização do velho sonho de viajar às estrelas.

Imagem: Ícaro (www.jampers.com/grega/icaro.jpg)

música: Children (Miles Inc)

publicado por V.A.D. às 02:49
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Sexta-feira, 30 de Março de 2007

Monte Olimpo

Um dia, talvez ainda na primeira metade deste século, um astronauta levantará a protecção do seu capacete espacial e, contra o céu rosado de Marte, ficará extasiado perante a majestosa beleza do Monte Olimpo. Na Terra, a mitológica montanha que também tem este nome foi a morada dos antigos deuses gregos. Mas o Olimpo terrestre, que Heródoto invocou mais de uma vez para a protecção dos seus heróis, é uma elevação modesta, durante boa parte do tempo oculta por nuvens, como se os deuses se tentassem abrigar da curiosidade humana. O Olimpo marciano é a maior elevação do Sistema Solar. O seu sopé estende-se por mais de meio milhar de quilómetros e o cume projecta-se, num céu sem nuvens, a 25 quilómetros de altura, três vezes mais alto que o Everest. É o cone de um gigantesco vulcão que se exauriu com a morte geológica do planeta. Mas a vontade e o engenho humanos não morrem; impulsionam-nos para além das fronteiras do nosso pequeno mundo azul, em busca de novos desafios. O Homem olha para a imensidão do espaço e sonha com a sua conquista.

Imagem: Monte Olimpo (www.hcc.hawaii.edu/~pine/OlyMons.jpg)

música: Kelly Watch The Stars (Air)

publicado por V.A.D. às 01:35
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Sábado, 17 de Fevereiro de 2007

Mitos e Quimeras

Se quisessemos redigir uma lista exaustiva de todos os animais fabulosos, que desde a noite dos tempos assombraram e ainda assombram o imaginário humano, uma enciclopédia não seria suficiente. O bestiário en questão seria um enorme zoo onde co-habitariam répteis com mandíbulas de crocodilo e asas de morcego - os dragões, bestas marinhas armadas de braços longos como mastros de navio - o Kraken dos países nórdicos, cavalos brancos com um longo chifre espiralado - o unicórnio, criaturas metade homem, metade cavalo - os centauros, e tantas, tantas outras... Até onde esses monstros que povoam os mitos são imaginários? Ou, dito de outra maneira, poderiam esses monstros ter existido? Aparentemente, para as pessoas dotadas do bom senso contemporâneo, é uma ideia disparatada. À luz do conhecimento actual, um fóssil de um dinossauro não é o fóssil de um dragão, nem uma lula gigante é confundida com uma Hidra. O esqueleto de um Protoceratops, não seria hoje tomado por ossos de um grifo. Contudo, desde a descoberta da primeira ossada fóssil de um animal extinto, testemunha de um passado anterior, que a interrogação é pertinente. Não nos devemos esquecer que os nossos antepassados, confrontados com provas reais de algo desconhecido, especulavam e arranjavam explicações que por vezes roçavam o sobrenatural. Inventavam assim bestas fantásticas, que muitas vezes personificavam o Mal. Além disso, a construção da mitologia não resultava apenas da tentativa de reconstituição de uma realidade por vezes já desaparecida. Ela tinha as suas próprias finalidades. Os mitos eram edificados a partir de fragmentos da Natureza, distribuidos para responder às interrogações e representações de certas sociedades. Instrumentalizando os bestiários, os fabulistas acrescentavam deliberadamente monstruosidade aos animais, para aumentar a sua aparente perigosidade e assim valorizar as proezas dos heróis que os combatiam.

Imagem: Grifo (www.guiascostarica.com/alicia/img/alice33a.gif)

Fonte: Science & Vie 

 

música: Chariots of Fire (Vangelis)

publicado por V.A.D. às 23:45
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Quarta-feira, 10 de Janeiro de 2007

Deuses, Profetas e Neurologia

Haverá alguma explicação satisfatória que possa ser entendida, pelo menos parcialmente, para a origem das religiões? Conheceremos, por acaso, um mecanismo que consiga converter diferentes géneros de percepções ou de memórias em deuses? Se considerarmos o conhecimento adquirido nas últimas décadas sobre a estrutura cerebral, verificamos que diferentes partes do cérebro controlam aspectos diferentes do comportamento humano. Nos esquizofrénicos e em alguns epilépticos existe uma distinta falta de coordenação entre os dois hemisférios cerebrais, podendo o lado esquerdo ser uma fonte de mensagens que, depois de processadas de forma inadvertidamente  pelo lado direito, são interpretadas como vozes de outras pessoas, ou tomam a forma de alucinações visuais. Examinando a literatura religiosa e épica dos Antigos, verifica-se uma semelhança notável entre o processo de criação mitológica e religiosa dos nossos antepassados, e o processo de alucinação auditiva e visual que caracteriza a esquizofrenia. Em A Ilíada, por exemplo, o famoso poema épico de Homero sobre a guerra de Troia, os heróis nunca tomam uma decisão por si próprios, nem nunca ponderam um problema. A resposta é sempre considerada como vinda directamente de um deus. No auge da batalha, Aquiles é interrompido pela deusa da guerra Atena, que lhe diz para atacar um determinado inimigo. As vozes ouvidas pelos profetas, os escritos ditados por deus, as musas que inspiram os poetas, as ordens emitidas por falecidos... Devemos considerar a hipótese de tudo isto ser um produto de mentes alteradas por distúrbios neurológicos...

Imagem: Atena (www.nicoli-sculptures.com/im/atena.jpg)

Fonte: Enigmas Eternos

música: Where is my mind (Pixies)

publicado por V.A.D. às 02:02
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