É importante frisar que o Efeito de Estufa é um processo natural, que mantém a temperatura média do planeta dentro de parâmetros que permitem a vida tal como a conhecemos. Se não existisse, não haveria água em estado líquido à superfície. Contudo, desde a Revolução Industrial, o Homem tem provocado um aumento drástico da quantidade de gases de efeito de estufa na atmosfera, através da queima de combustíveis fósseis. O problema é tão grave que se supõe que, a esta taxa de crescimento, a temperatura média do planeta possa vir a ser seis graus mais elevada no final do século XXI. Assinado em 1997 no Japão, o protocolo de Kyoto é um compromisso de redução das emissões destes gases, assumido por trinta e cinco países industrializados e pela União Europeia. Entrado em vigor em Fevereiro de 2005, representa um esforço concertado no sentido de reverter uma situação potencialmente calamitosa. A sua implementação tem sido difícil, e muitas das nações que o ratificaram admitem actualmente não conseguir atingir as metas previstas.
Imagem: Seca (original não modificado em www.estiva.mg.gov.br/papeis/seca.jpg)
As notícias soam apocalípticas: submersão de zonas costeiras devido ao aumento do nível médio dos oceanos, graças ao degelo de zonas glaciares, secas drásticas em inúmeros locais, chuvas torrenciais noutros, alteração na frequência e intensidade de fenómenos de temperaturas extremas, extinção de espécies habitantes de ecossistemas frágeis, alteração do ciclo das estações, afectando dramaticamente a agricultura… As consequências do Aquecimento Global parecem ser assustadoras. A causa desta alteração climática parece estar directamente relacionada com o incremento gradual do Efeito de Estufa. Este efeito, assim baptizado no século XIX pelo sueco Svante Arrhenius, consiste no estabelecimento de uma espécie de cobertor térmico ao redor da Terra, impedindo que a radiação solar, reflectida, se dissipe. Gases como o vapor de água, o monóxido de carbono, o metano, alguns carbonetos e o dióxido de carbono, absorvem a energia solar e reemitem-na num comprimento de onda na faixa dos infravermelhos.
Imagem: Efeito de Estufa (http://ptsoft.net/vastro/referencia/estufa/main/main10.gif)
Numa época em que a consciência ecológica tem vindo a ganhar um peso cada vez maior, convém fazer algumas distinções fundamentais entre determinados fenómenos, muito falados, mas pouco conhecidos em profundidade. Tenho notado na vox populi uma tendência estranha para confundir buraco na camada de ozono com efeito de estufa. O ozono protege a Terra dos mais perigosos raios do Sol, os ultravioleta (UV), localizados no espectro electromagnético acima da radiação visível e abaixo dos raios-X. Ao invés de ser constituída por dois átomos de oxigénio, a molécula de ozono é formada por três átomos deste elemento. Quando, na estratosfera, é atingida pela luz solar, decompõe-se numa molécula de oxigénio comum, mais um átomo livre. Neste processo, parte significativa da radiação UV, causadora de graves danos aos organismos vivos através da destruição do ADN celular, é absorvida na quebra das ligações moleculares. Os buracos na camada de ozono ocorrem sazonalmente sobre os pólos terrestres mas, no final do século XX, foram constatados aumentos substanciais na área dessas lacunas, principalmente devidos à libertação para a atmosfera de gases que destroem o ozono, nomeadamente os clorofluorcarbonetos (CFC).
A Organização Meteorológica Mundial, no seu relatório de 2006, prevê que a redução na emissão de CFCs, resultante do Protocolo de Montreal, resultará numa diminuição gradual deste problema, com uma recuperação total por volta de 2065.
Imagem: Buraco Na Camada De Ozono (www.ambienteterra.com.br/saladeaula/ozonio/image002.jpg)
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