Quis fechar o livro, mas mantive-me fascinado, a leitura prendendo-me como jamais supus ser possível, os olhos correndo pelas letras que se arranjavam em palavras, as palavras fazendo sentido e contando a história inventada de um mundo diferente. Via-me apanhado numa armadilha de estranha e dominadora beleza, a eloquência da escrita e a plausibilidade do enredo arrastando-me para as profundidades de um oceano assente no leito de uma lógica em completo dissentimento daquilo que é humano mas tendo, contudo, uma chocante enunciação de verdade, a universalidade das leis primevas a ser respeitada na íntegra, trazendo à expressão escrita a obsessão de um rigor hipnótico. Isolamento… Afastado de tudo, até da música que soava baixinho, enredava-me na fluidez da acção e vivia na sob a pele do protagonista, a minha mente gerando imagens de lugares engendrados, a semente da imaginação criando raízes e frutificando. Quis fechar o livro mas hesitei, como se houvesse uma razão pela qual o não devesse fechar, até que a voz dela soou novamente, suave e num tom de desejo prometido: “Vem, vamos para a cama…” Quebrou-se um encanto e fechou-se o livro; há magias indiscutivelmente mais poderosas…
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