Até ao século XVI pouco se sabia sobre a estrutura e o funcionamento interno do corpo humano. Gregos e romanos já se tinham voltado para a análise do que Platão chamou de "morada da alma", mas o estudo da anatomia pouco avançou da Antiguidade à Renascença. Envolta em tabus, proibições religiosas e superstições, a investigação empírica do corpo humano pela dissecação era encarada como repugnante e profanadora. Só na Renascença artistas como Leonardo da Vinci, e médicos como Andreas Vesalius de Bruxelas, retiraram o véu de sacralidade que cobria o corpo do homem e abriram caminho para a ciência moderna da anatomia. O De Humani Corporis Fabrica estabelece, em 1543 (também o ano da publicação das Revoluções das Orbes Celestes de Nicolau Copérnico), o início da pesquisa moderna baseada na observação directa dos fenómenos e projecta uma nova luz sobre o corpo humano, afuguentando conceitos arcaicos e a supremacia da teoria sobre a prática, que vigorara durante toda a Idade Média.
Imagem: Vesalius ( www.zol.be/Vesalius/homepage-vesalius.jpg )
Fontes: Scientific American, Andreas Vesalius ( www.zol.be/Vesalius )
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