Vencido pela canícula que se fazia sentir, sentei-me num dos lados do antigo banco de pedra, velho de séculos, desejando que o vento que se fazia sentir fosse mais fresco. O sol estava prestes a esconder-se atrás dos elevados picos montanhosos que se erguiam a alguns quilómetros para o interior, mas a temperatura mantinha-se acima dos quarenta graus centígrados. A sombra daquele majestoso edifício era uma dádiva impagável e a vista verdadeiramente fabulosa. O azul do Mediterrâneo entrava-me pelos sentidos adentro, enquanto as cigarras enchiam o ar com o som metálico e contínuo do bater das suas asas, na tentativa de suavizar o calor. O estreito caminho que havia percorrido era visível, durante umas centenas de metros escarpa abaixo, ondulando através da montanha como uma serpente, até terminar na povoação de casinhas brancas que, àquela distância, pareciam de brincar. A costa, recortada por enseadas pequenas mas lindíssimas, parecia um cenário feito propositadamente para um filme. Levei aos lábios a garrafa de água ainda fresca e saciei a sede em goles generosos. Já recomposto, levantei-me e recomecei a subir, palmilhando com algum esforço o trilho que me levaria às ruínas do castelo…
Imagem: Llançá (www.espacecasa.com/images/llanca/llanca-10.jpg)
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