“Um tremor incontrolável tomou conta de todos os músculos do meu corpo, como se o tivessem mergulhado nas águas geladas de um lago boreal. Uma luz azulada e difusa parecia amplificar a fantasmagoria atordoante de um cenário para o qual nada me podia ter preparado. Debruçada sobre mim, a vaga silhueta de um ser definitivamente alienígena focava nos meus os seus olhos, negros como as profundezas das fossas abissais, penetrantes e interrogativos como projécteis disparados pela arma da curiosidade. Através da visão periférica, conseguia discernir outros vultos, esguios e estáticos, rodeando a tarimba onde jazia indefeso. Para lá deles, naquilo que julgava serem paredes abobadadas, luzes suaves piscavam num frenesim multicolor de tinta salpicada. Um zumbido grave e quase imperceptível estremecia-me por dentro, contribuindo para aquela sensação de pânico, insidiosa como uma erva daninha, que sentia estar a formar-se dentro de minha mente. Julguei, por momentos, estar no meio de algum pesadelo aterrador. Era premente reagir de alguma forma…”
V.A.D. em Os Outros.
Imagem: Olhos Alienígenas (http://ufoundercover.homestead.com/Alien_Eyes_Green.jpg)
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