Sexta-feira, 26 de Outubro de 2007
Dinâmica nostalgia, que revira por dentro e faz renascer; tristeza cinzenta e absurda ou esfuziante alegria. Motor prodigioso, alimentado de sonhos, gerador de gritos abafados e de sorrisos rasgados, tectónica de placas em constante deriva, que faz fechar os olhos e sentir frio na barriga. É isto, viver: face séria e lábios risonhos, desejos agradados e cenários medonhos. Louca roda em giro permanente, incrível de celeridade, fascinante e pungente, ruidosa e melífera. Correria desenfreada ou meditação profunda, êxtase iminente ou impassibilidade soporífera. Necessidade premente que flúi e tudo inunda, ou satisfação silenciosa. Rouca cacofonia ou melodia maviosa. Trilho indefinido por onde andamos errantes, eivados de pensamentos abafados ou de raciocínios brilhantes. É isto, viver: amar e rir, sentir e sofrer, vibrar ou tremer… É a imperecível busca do ser…
Imagem: A Grande Roda (original em www.monasette.com/blog/gallery/salthill/salthill_wheel.jpg)
música: Walk Of Life (Dire Straits)
dcp n comentar convenientemente as tuas palavras... definiste-me tao bem no teu comentario ao meu txt q até fiquei assustada por ser um livro tao aberto... por expor-me assim. para alem de amar erradamente, escrevo erradamente tb. mas nao sei fazer de outro modo. hj tou assim, com uma frustaçao tao gd, palpavel, q, se aqui estivesses, senti-la-ias. alias,axo q a sentes... dcp n comentar este teu poema para viver... sbs qd se le e n se le. le-se as palavras pq sabemos ler, mas elas nao nos dizem nd? o prob n é teu. sou eu. eu sei. hei-de resolver isto. hei-de csguir ser a Claudia q sp fui. sem esta frustraçao, este desalento, este nao poder fazer nada pq nd daquilo q faço sai bem... enfim... um optimo fds. e dcp o testamento. bj
De
V.A.D. a 27 de Outubro de 2007 às 20:44
Não tens de pedir desculpa por nadinha...! Percebo que nem sempre se está com a disposição necessária para se ler algo com toda a atenção.
Sim, és um livro aberto, para quem te lê atentamente, e valorizo a tua escrita precisamente por isso. Quero frisar que creio não haver nada de errado na forma como te expões. Ao contrário, vejo nessa tua maneira de estar uma coisa muito positiva: a transparência, que tanta falta faz em inúmeras situações...
Mesmo tendo consciência de que pouco posso fazer no sentido de te ajudar, quero que saibas que contas com a minha solidariedade e compreensão.
Votos de um final de sábado cheio de serenidade!
Um beijo... :-)
obrigada por estas palavras assim cm as deixadas no meu blog. acho q quem precisa de espaço sou eu. para me reencontrar. acho q ando meio à deriva entre a distância física, espacial e temporal q me afasta dele e q é, cada vez mais, difícil de gerir (culpa minha? culpa dele? culpa dos dois? culpa de alguma imaturidade dos dois, sim, de alguma fragilidade, de alguma ñ-cedência, de sermos ambos explosivos, novos, rebeldes.), mas acima de tudo à deriva entre aquilo q sinto, aquilo q quero, aquilo q me faz feliz.... bj (e mais uma x, tks)
De
V.A.D. a 30 de Outubro de 2007 às 02:02
Minha amiga, quero que saibas que não precisas de agradecer as minhas palavras, embora me sinta satisfeito por o fazeres... :-)
Embora não tenha focado esse aspecto, é bem possível que estejas a exercer uma enorme pressão sobre ti própria, resultante de uma tremenda necessidade de amar e ser amada de uma forma plena e total. Mas, essa pressão é perversa: esvazia e escurece tudo... Tens, na minha modesta opinião, de arranjar uma forma de serenar, talvez interiorizando que a existência não se esgota num dia, e que a paciência também se cultiva... A insatisfação, a constante procura da felicidade que parece fugir, a vontade de ter "agora" e um infindável número de outros aspectos do comportamento humano, são naturais mas, asseguro-te, devem e podem ser controlados. Só dessa forma se pode saborear a vida em toda a sua plenitude.
Espero, amiga, que a tranquilidade te invada nesta noite!
Um beijo... :-)
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