Estava sentado nos degraus do alpendre, admirando a beleza daquele final de dia. Um sopro outonal descia a serra e trazia consigo os cheiros rodopiantes da Natureza, feitos de fragrâncias silvestres de flores e pinho. O sol descia para as trevas, enroupando o mundo ao meu redor com os tons avermelhados da luz cada vez mais débil; o céu parecia uma abóbada de dimensões infinitas, cheia de ar renovador e fresco. Não é comum encontrar-me com uma calma assim, desprovida de imbecis desassossegos. Era capaz de ficar ali a contemplar a dádiva que os meus sentidos absorviam, entregue a meditações, até ao fim de todas as eternidades. Será o interminável tempo do Universo apenas um infindável número de tempos que cessam de existir, dando lugar a renovados inícios, o ciclo permanente de nascimento e morte a uma escala incomensurável? O que é o tempo senão uma ideia de continuidade, demitida de sentido sem o espaço? Compreendi, subitamente, não só com o meu cérebro, mas com todo o meu organismo que, no fundo, conhecia as respostas… As minhas respostas...
Imagem: Universo (www.faemalia.net/USPictures/Backgrounds/universe.jpg)
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