O último e agonizante grito do Sol agigantou-o até engolir a própria Terra, e energia vermelha incinerou tudo o que restava na superfície. A estrela, outrora pulsante e cheia de vivacidade, entrou no seu derradeiro estágio e encolheu até ficar do tamanho de um planeta. O coração da anã branca continuou, durante evos, a irradiar a energia produzida pela fusão do carbono e do oxigénio até que, por fim, a gélida obscuridade tomou conta de tudo.
Na mina, o corpo do tirano jazia sem vida. O suprimento de tudo o que é necessário à existência esgotara-se havia muito tempo. Nem planos, nem máquinas, nem a magnífica inteligência humana conseguem contrariar a entropia.
Posfácio
Há quinze ou vinte anos, era eu ainda um adolescente, tive a oportunidade de ler um fabuloso conto de ficção científica, do qual não me lembro nem do título, nem do autor. Sei, contudo, que a incrível história me marcou, a ponto de ter procurado inúmeras vezes o velho livro, para o reler. Nunca o encontrei; provavelmente emprestei-o e, como acontece tantas vezes, não mais foi devolvido. Aquilo que fiz ao longo destes cinco posts foi uma tentativa de recriar parte da história, pegando em elementos que me ficaram na memória. Outras partes reflectem aquilo que supostamente acontecerá ao nosso Sol e ao nosso planeta, dentro de muitos milhões de anos. As palavras são minhas, e sei bem que me falta a mestria do autor do conto original, mas esta é a minha forma de o homenagear.
Imagem: Desolação (http://images.inmagine.com/168nwm/imagesource/is228/is228034.jpg)
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