O físico inglês Michael Faraday recebeu, um dia, a visita da rainha Vitória. Ela estava curiosa por saber que utilidade tinham as pesquisas do cientista, cujas descobertas incluíam os princípios básicos da electricidade e do magnetismo, então de aplicação prática, no mínimo, pouco evidente. Faraday respondeu com outra pergunta: Madame, replicou, e qual é a utilidade de um bebé? Quase dois séculos depois, a rainha teria ficado admirada, ao descobrir um mundo povoado por telemóveis, televisores, hidroeléctricas, computadores… Resultantes, em última análise, do génio de Faraday. Durante este intervalo de tempo, ganhámos uma consciência muito mais aguda da importância da ciência e da necessidade da sua divulgação. Para acompanhar o ritmo do desenvolvimento científico, a quantidade de publicações dedicadas a este campo cresceu aceleradamente nos últimos anos. Mas, constato também um incremento assustador no número de revistas e de livros virados para as falsas ciências, e assumo que isto reflecte um interesse crescente por esses temas. Não deixo de me preocupar com este facto: precisaremos de retornar ao obscurantismo? Não será o verdadeiro conhecimento suficientemente empolgante?
Imagem: Lâmpada (http://webac.ci.uminho.pt/nefum/enef06/Imagens/Lampada.jpg)
De
In a 31 de Julho de 2007 às 03:08
Dependerá do espírito de cada pessoa.
Há as que querem saber para seu próprio enriquecimento, há as que querem brilhar sem terem "génio"... essas têm forçosamente de ir por outros caminhos...
Um beijo...
De
V.A.D. a 1 de Agosto de 2007 às 01:17
A minha verdadeira preocupação reside no facto de ver cada vez mais pessoas a interessarem-se por temas ligados a superstições e a falsas ciências, que nada explicam verdadeiramente, mas que criam uma certa dependência e inviabilizam o pensamento racional... Eu sei que nem só de racionalidade vive o ser humano; precisamos também de emoções, mas duvido que as tenhamos de procurar em mitos e patranhas…
Votos de uma excelente noite :-)
Um beijo...
De
dhyana a 31 de Julho de 2007 às 17:42
Hoje carrego tantas perguntas que não consigo comentar nada como deve ser. Mas quis te dizer olá e que li e aprendi...
Beijo...
De
V.A.D. a 1 de Agosto de 2007 às 01:19
Mais perturbadora que as perguntas é, muitas vezes, a ausência de respostas… Mas há que saber ser paciente pois, a seu tempo, tudo tem solução.
Sempre simpatiquíssima…:-) Obrigado!
Um beijo...
De
Emanuela a 1 de Agosto de 2007 às 01:32
Sempre haverá luz suficiente para quem a procura, e sombras o suficiente para quem nela quer permanecer...é próprio do ser humano. Um beijinho!
De
V.A.D. a 1 de Agosto de 2007 às 01:41
Palavras cheias de verdade...! Cabe a cada um de nós decidir se quer, ou não, fazer as perguntas... Cabe também só a nós procurar, e em última análise, escolher as respostas...
Votos de uma magnífica noite!
Um beijo... :-)
Quanto a mim o caminho das superstições e das falsas ciências, que sempre existiram e pelo que concluímos tendem a aumentar (em número de seguidores,) envoltas em mistérios duvidosos, chamam a si todo o tipo de pessoas... mas o que me espanta verdadeiramente é nelas encontrar pessoas cuja racionalidade não supunha questionar... Como é que estas pessoas se deixam envolver?!...
Um Beijo
Teres
De
V.A.D. a 2 de Agosto de 2007 às 01:37
Na verdade não encontro resposta definitiva para a questão que coloca, pois também me interrogo sobre os porquês... Reconheço no ser humano a necessidade de se maravilhar, de se espantar com coisas que não domina nem compreende bem. Contudo, a própria Natureza, as artes e as ciências deveriam bastar…
Um beijo...
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