“Só a mudança permanece”
(Heráclito de Éfeso)
Tudo nasce, cresce, envelhece, degenera e morre. E mesmo que haja um novo nascimento, uma nova vida, também isto é variação, e o que surge de novo seguirá o mesmo interminável ciclo. A mudança não é exclusiva dos seres vivos; está em toda a parte. Erguendo-se com lenta majestade, e desgastando-se por uma erosão ainda mais lenta, grão após grão, cume após cume, as montanhas nascem e morrem. A crosta terrestre está em movimento, quase imperceptível, mas constante: uma maciça placa tectónica afasta-se de outra para formar um novo oceano, e nesse trânsito colide com outra ainda, enrugando-se na forma de uma nova cadeia montanhosa. Sob a superfície, correntes de convecção magmáticas, lentas mas poderosas, são os agentes deste eterno movimento, que divide continentes, para mais tarde os juntar, ao ritmo de uma pulsação longa de muitos milhões de anos. Mais abaixo, no núcleo de ferro líquido, há redemoinhos que geram o campo magnético da Terra, o qual cresce de intensidade, só para mais tarde enfraquecer, morrer e renascer com polaridade invertida, brincando com bússolas e com pombos, e deixando desorientadas as pobres borboletas. A natureza parece insegura e desconfortável, para nós, seres humanos, que buscamos a permanência sob as asas do eterno e do imutável.
Imagem: Lava (www.pbs.org/wgbh/nova/volcano/images/anat_lava.jpg)
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