A evolução sugere que o ser humano e outros animais são como que colónias de células altamente especializadas que vivem em cooperação mútua longe do seu habitat original: o oceano. A chave da nossa sobrevivência tem sido o desenvolvimento de sistemas internos de sustentação, independentes mas interligados, que garantem a manutenção de condições físicas e químicas bastante idênticas àquelas do mar primordial. Desta forma, o Homem é uma espécie de cápsula espacial que contém os elementos essenciais à vida, assim como as frágeis naves de metal em que ele se lança no espaço garantem as condições necessárias à continuidade existencial. A cápsula humana é capaz de mover-se, em poucos minutos, do ar para a água, do deserto escaldante para um duche frio, da fome e da sede à saciedade, de uma dieta de peixe e vinho a outra de leite e pudim. Através de todos estes choques e mudanças, o mundo dentro da nossa pele deve permanecer isolado, constante, raramente se afastando dos estreitos limites de tolerância impostos pela vida, no que se refere a temperatura, humidade e condições químicas. No final da década de 1920, o fisiologista americano Walter Bradford Cannon deu um nome oficial a esta estabilidade: homeostase, contracção de termos gregos, que significa permanecer igual. Em suma, é uma maravilha, a existência da vida. E a vida é, a um só tempo, rígida e flexível, delicada e robusta.
Imagem: Saco Amniótico (www.scb.org.br/pergresp/imagens/bebe.jpg)
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. O horizonte de eventos e ...
. Blogs
. Abrupto
. Feelings
. Emanuela
. Sibila
. Reflexão
. TNT
. Lazy Cat
. Catinu
. Marisol
. A Túlipa
. Trapézio
. Pérola
. B612
. Emanuela
. Tibéu
. Links
. NASA