Nenhum ser humano é uma ilha completamente inacessível. De facto, as pessoas são menos felizes e saudáveis na solidão do que quando inseridas num grupo, seja este de cariz familiar, formado por compatriotas ou, inclusivamente, constituído por indivíduos com os quais existe um qualquer grau de identificação, mesmo que efémero. Mas as tribos podem ser traiçoeiras; num momento tão sólidas e no seguinte tão evanescentes. Na Alemanha, a fidelidade ao Reich de Mil Anos caiu de um dia para o outro, bastando para isso o sabor amargo da derrota. Em Julho de 2005, bombistas suicidas fizeram-se explodir no metro londrino, causando a morte a dezenas de inocentes, em nome do radicalismo islâmico. O que mais horroriza é o facto de estes homens não serem intrusos estrangeiros, mas sim ingleses, nascidos e criados no país que acolheu os pais, e que lhes proporcionou uma vida com uma qualidade que nem sequer podia ser almejada na terra dos antepassados. Como disse um antigo demagogo, o nosso vizinho simpático pode tornar-se num inimigo mortal. Estes são meros exemplos do quão mutáveis são as novas tribos, entidades em constante transformação em relação umas às outras, exibindo fronteiras muito pouco claras e cuja definição é, também ela, muito subjectiva.
Imagem: Nazismo (www.anairhoads.org/graphics/nazi.jpg)
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