Ao longo de incontáveis gerações, os seres humanos não tiveram consciência da magnitude e da beleza do planeta que habitavam. Conheciam um pouco da terra sobre a qual se deslocavam, mas apenas dentro dos limites da pequena área em que viviam. Quantos homens das zonas interiores jamais viram o mar, e quantos homens das planícies nunca conheceram as montanhas! Mas, vivessem onde vivessem, todos eles viam o céu nocturno, cravejado de pontos luminosos, alguns deles em configuração fixa, e outros mudando de lugar a cada noite. Só recentemente é que os humanos descobriram que essas luzes errantes encerram vastas paisagens, tão reais quanto aquelas que os rodeiam. Durante centenas de anos examinaram esses mundos através de telescópios, mas só há poucas décadas é que os mistérios do Sistema Solar começaram a ser realmente desvendados. As luzes do firmamento tornaram-se territórios detalhados e compreensíveis. Repetidas vezes, à medida que uma nave espacial cruzava o espaço rumo a um planeta, os humanos viam um ponto luminoso que crescia lentamente até se tornar uma esfera e depois um planeta pleno de contornos, texturas e cores; algumas vezes, os detalhes continuavam a crescer até que, quando o engenho tocava o solo, os humanos podiam inclusive individualizar as pedrinhas da superfície. Chegaram à Lua e correram os olhos por campos de poeira acinzentada, alternados com crateras e extensões de pó vermelho, cobertas de rochas. Testemunharam súbitas tempestades de poeira sobre Marte, a perpétua tempestade que assola Vénus e os furacões de Júpiter. Mas as imagens mais surpreendentes foram as de um planeta que ninguém havia visto antes a cruzar a escuridão do espaço…
Imagem: Terra Vista da Lua (http://cache.eb.com/eb/image?id=65046&rendTypeId=4)
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