Olhe para o céu numa noite clara e tente divisar alguns dos planetas visíveis a olho nu. Se localizar três ou mais, perceberá que eles se alinham numa estreita faixa circular que se estende pelo céu. Essa faixa inclui a eclíptica, o percurso aparente do Sol através das constelações do zodíaco. A Via Láctea também traça um grande círculo no céu, mas numa posição diferente. Tais traçados não são casuais. Os planetas do Sistema Solar giram em torno do Sol na mesma direcção e praticamente no mesmo plano. Esta configuração é uma forte evidência de que os planetas se formaram a partir de um disco de matéria em forma de panqueca. Da mesma forma, a maneira como vemos no céu a nossa galáxia indica que também ela tem a forma de disco. Estruturas discóides são comuns no Universo nas mais variadas escalas. Os anéis de Saturno são um exemplo elegante disso mesmo, mas não o único na nossa vizinhança; todos os planetas gigantes do nosso sistema os possuem. Também foram observados discos em torno de muitas estrelas jovens, denominados discos protoplanetários. No caso de algumas estrelas binárias, o gás que escapa de uma delas é capturado pela acção da gravidade da outra e forma um disco, e vai abrindo caminho para a superfície estelar numa espiral estreita que lembra um redemoinho. Acredita-se que estruturas como estas, chamadas de discos de acreção, também existam em torno de buracos negros supermaciços no centro das galáxias. A presença constante dos discos pelo Cosmos faz do seu funcionamento uma questão de grande interesse para a astrofísica.
Imagem: Saturno (www.ast.cam.ac.uk/public/planets/jpeg/sat/saturn.jpg)
Fonte: Sci-Am
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