Através dos séculos, a febre foi combatida ou bem recebida, alternando-se estes comportamentos de acordo com a época. Os antigos gregos, por exemplo, consideravam-na uma forma de expulsar os humores malignos que provocavam a doença. Uma frase é atribuída a Hipócrates, famoso médico grego: "Dêem-me uma febre e eu curarei o paciente". No entanto, mesmo entre os gregos a febre também era combatida. As propriedades antipiréticas do salgueiro, Salix Alba, eram já conhecidas e o seu uso é mencionado nos tratados de Hipócrates, Dioscórides e Galeno. Foi Santorius, logo após a invenção do termómetro por Galileu, no início do século XVII, que introduziu a termometria na medicina. Nessa época, a elevação da temperatura corporal era considerada em si uma doença, e foi só passados 200 anos que Wunderlich identificou essa variação térmica como um sintoma e não como enfermidade propriamente dita. A introdução dos analgésicos antipiréticos, na segunda metade do século XIX, coincide com o desenvolvimento dos primeiros medicamentos orgânicos sintéticos. Até então, eram usadas preparações de origem vegetal, como a quinina e derivados naturais do ácido salicílico proveniente do salgueiro. Em 1899, Dreser desenvolve sintéticamente o ácido acetilsalicílico, princípio activo da aspirina, medicamento que passou a ser amplamente usado, devido à sua eficácia. Uma arma poderosa contra a febre foi colocada nas mãos de todos. Mas não nos esqueçamos que só quando a febre termina por meios naturais é que a vitória sobre o agressor é completa. Só então estamos curados.
Imagem: Febre (http://decarneesonho.weblogger.terra.com.br/img/febre.jpg)
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