Uma das coisas que ultimamente me tem transtornado é a perseguição que tem vindo a ser movida aos fumadores. Passaram a ser encarados como doentes e até quase como um perigo para a sociedade. Embora reconheça que o tabagismo nada traz de benéfico e que a nicotina causa dependência, nunca vi um "moedinhas" a arrumar carros para arranjar dinheiro para o tabaco. Também não serão certamente frequentes casos em que um indivíduo tenha batido nos pais por eles não terem mais nada em casa que ele pudesse roubar para conseguir "massa" para uns cigarritos... As (ferozes) campanhas anti-tabágicas não estarão a ser instigadas pelas grandes farmacêuticas, no intuito de encherem os cofres com a venda de produtos contra o vício? Não estarão os governos a ser hipócritas quando em Portugal, por exemplo, estima-se que a receita do Imposto do Tabaco atinja este ano a bonita soma de 1,35 mil milhões de euros?
Cuidem-se os apreciadores de café; quem sabe se não serão os próximos a ser estigmatizados...
Imagem: www.joh3n.com/photo.html
"Esta liberdade de duvidar é uma questão importante em ciência e, creio, também noutros campos. Nasceu de uma luta. Foi uma luta ter sido permitido duvidar, não ter certezas. Não queria que esquecêssemos a importância dessa luta e, como consequência, que a abandonássemos. (...) O progresso é fruto da liberdade de pensamento. Sinto a responsabilidade de proclamar o valor dessa liberdade e de ensinar que não devemos temer a dúvida, mas antes devemos acolhê-la como a possibilidade de um novo potencial para os seres humanos. Se sabemos que não temos a certeza, temos a possibilidade de melhorar a situação. Quero exigir essa liberdade para as gerações futuras."
Richard P. Feynman in "O significado de tudo" (gradiva)
Imagem: "freedom to doubt" www.avalon5.com
Oferecendo estranhas similitudes entre elas, as línguas serão todas provenientes de uma língua original, de que guardaram os seus traços? Tomemos como exemplo a palavra "mãe" e vejamos como ela é em línguas aparentemente tão diferentes como o latim, o francês, o inglês, o alemão, o russo, o lituano e o sânscrito : mater, mère, mother, mutter, mat', motyna, matar... Sem dúvida, todas estas palavras apresentam um "ar de família". A ideia de uma língua original não data dos dias de hoje. Sem falar do mito de Babel, os linguistas, desde o final do século XVIII, encetaram a tarefa de inventariar os parentescos linguísticos, e desde aí já se definiram mais de trezentas famílias de línguas. As 449 línguas da família indo-europeia, onde se inclui o português, têm um ancestral comum, uma proto-língua, nascida há cerca de 9000 anos na Anatólia (actual Turquia).
Existem actualmente no mundo cerca de 7000 línguas, agrupadas em diferentes famílias. Haverá um parentesco entre todas estas famílias? O debate não está encerrado, mas é cada vez maior a convicção de que tal não acontece. Embora exista de facto uma universalidade na maneira como o mundo é posto em palavra, esta universalidade deriva, provavelmente, das similaridades neurológicas dos membros da espécie humana.
Fonte: Science & Vie, Nº 1069
Imagem: "Babel" www.hoelderlin.de/
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. O horizonte de eventos e ...
. Blogs
. Abrupto
. Feelings
. Emanuela
. Sibila
. Reflexão
. TNT
. Lazy Cat
. Catinu
. Marisol
. A Túlipa
. Trapézio
. Pérola
. B612
. Emanuela
. Tibéu
. Links
. NASA