A barreira temporal que parecia manter o surgimento dos primeiros animais do lado de cá dos últimos 600 milhões de anos está a ficar cada vez mais ténue. Pesquisadores chineses e americanos encontraram, no sudoeste da China, o que parece ser o fóssil do mais antigo animal complexo já registado, cuja idade fica justamente sobre esse limite. A criatura, denominada Vernanimalcula Ghizhouena, tem uma organização corporal que nada deve a muitos dos invertebrados modernos, sinal de que a evolução dos animais já estava a decorrer havia bastante tempo. Medindo menos de 180 mícrons, não é visível a olho nu, mas aparenta ter já desenvolvido características comuns a quase todos os animais superiores: simetria bilateral, sistema digestivo completo e os mesmos três tipos de tecidos que até hoje formam todos os orgãos humanos (apelidados de endoderme, mesoderme e ectoderme). Até agora, o primeiro florescimento da vida animal cuja existência foi bem estabelecida pelos cientistas era o da chamada biota de Ediacara, um conjunto de seres com a aperência de folhas delgadas com não mais que 575 milhões de anos, e que não eram exactamente um prodígio de complexidade. Se a estrutura corporal do Vernanimalcula Ghizhouena já estava pronta ainda antes dessa época, a vida animal remonta, pois, às profundezas do tempo.
Imagem: Vernanimalcula Guizhouena (www.acepilots.com/mt/wp-content/uploads/2006/03/vern4med.jpg)
Fonte: Sci-Am
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