Os livros são uma das minhas paixões, a ficção científica é o meu género favorito, e há uns dias, num alfarrabista, descobri "As areias de Marte", a primeira novela de ficção científica escrita por este génio visionário. A odisseia pessoal de Arthur C. Clarke começou numa pequena vila inglesa, no dia em que lhe deram um cartão com um desenho de uma ave pré-histórica. A partir desse momento a sua mente iniciou a jornada através do espaço e do tempo. Ele construiu um telescópio com cartolina e lentes simples e foi então ajudar a fundar a Sociedade Interplanetária Britânica. As suas primeiras histórias de ficção científica, escritas no seu tempo livre, foram publicadas em 1937, impressas em mimeógrafo manual. Deficiências de visão impediram Clarke de receber treino para piloto durante a Segunda Guerra Mundial, mas ele pôde trabalhar no pioneiro projecto de radar da Real Força Aérea. Durante esse período, publicou um artigo na Wireless World em que descrevia a sua concepção do satélite de comunicações geoestacionário, uma ideia que teve que esperar duas décadas para se materializar. No King's College de Londres obteve, em 1948, o bacharelato em matemática e física, com honras de primeiro aluno. Viria a ser pouco depois que veria publicada a sua principal obra de não-ficção, Vôo Interplanetário, e o livro que deu origem a este post. Quando o Sputnik I foi posto em órbita em 1957, Clarke subitamente começou a parecer um autêntico visionário. Algumas das suas previsões mais interessantes estão à beira da concretização, como o fim dos automóveis movidos a gasolina, a substituição de alguns produtos agrícolas por proteínas produzidas artificialmente, ou ainda a colonização de outros planetas.Outras são já uma realidade: a pílula anticoncepcional, a ida do Homem à Lua, a transmissão de TV via satélite, centros de comunicações transcontinentais na maioria dos escritórios (videoconferência) e a existência de espaçonaves tripuladas fazendo viagens regulares. The Sentinel, um conto curto escrito em 1948, serviu de ponto de partida para uma das maiores obras de ficção científica de sempre, 2001 - Odisseia no Espaço, colocada em 1968 no grande ecrã pelo genial realizador Stanley Kubrick. Em 1982, Clarke continuou o épico com uma sequela que viria também a dar origem a um filme: 2010 - A Odisseia Continua.
Termino este post citando Clarke: "Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia".
Imagem: Arthur C. Clarke (www.health.uottawa.ca/biomech/csb/laws/clarke.jpg)
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. O horizonte de eventos e ...
. Blogs
. Abrupto
. Feelings
. Emanuela
. Sibila
. Reflexão
. TNT
. Lazy Cat
. Catinu
. Marisol
. A Túlipa
. Trapézio
. Pérola
. B612
. Emanuela
. Tibéu
. Links
. NASA