Haverá alguma explicação satisfatória que possa ser entendida, pelo menos parcialmente, para a origem das religiões? Conheceremos, por acaso, um mecanismo que consiga converter diferentes géneros de percepções ou de memórias em deuses? Se considerarmos o conhecimento adquirido nas últimas décadas sobre a estrutura cerebral, verificamos que diferentes partes do cérebro controlam aspectos diferentes do comportamento humano. Nos esquizofrénicos e em alguns epilépticos existe uma distinta falta de coordenação entre os dois hemisférios cerebrais, podendo o lado esquerdo ser uma fonte de mensagens que, depois de processadas de forma inadvertidamente pelo lado direito, são interpretadas como vozes de outras pessoas, ou tomam a forma de alucinações visuais. Examinando a literatura religiosa e épica dos Antigos, verifica-se uma semelhança notável entre o processo de criação mitológica e religiosa dos nossos antepassados, e o processo de alucinação auditiva e visual que caracteriza a esquizofrenia. Em A Ilíada, por exemplo, o famoso poema épico de Homero sobre a guerra de Troia, os heróis nunca tomam uma decisão por si próprios, nem nunca ponderam um problema. A resposta é sempre considerada como vinda directamente de um deus. No auge da batalha, Aquiles é interrompido pela deusa da guerra Atena, que lhe diz para atacar um determinado inimigo. As vozes ouvidas pelos profetas, os escritos ditados por deus, as musas que inspiram os poetas, as ordens emitidas por falecidos... Devemos considerar a hipótese de tudo isto ser um produto de mentes alteradas por distúrbios neurológicos...
Imagem: Atena (www.nicoli-sculptures.com/im/atena.jpg)
Fonte: Enigmas Eternos
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