Se o corpo humano pudesse ser colocado num estado de animação suspensa, as implicações para a medicina seriam enormes. Alguns órgãos humanos destinados ao transplante, como o coração e os pulmões, podem sobreviver fora do corpo por apenas seis horas. Outros, como pâncreas e os rins, não aguentam mais do que um dia. O sucesso da transferência de órgãos depende da velocidade, e em alguns casos órgãos com potencial de transplante são descartados simplesmente por não haver tempo suficiente para transportá-los. Se pudessem ser colocados num estado de animação suspensa, a sua viabilidade poderia ser preservada por dias ou semanas. As equipas de emergência poderiam também usar esta técnica para dar mais tempo aos feridos em estado crítico, de forma a prevenir a deterioração dos tecidos enquanto os médicos não reparassem os danos sofridos por eles. Recentes estudos no Centro de Pesquisa do Cancro Fred Hutchinson em Seattle, têm mostrado que estados semelhantes à hibernação podem ser induzidos em animais que não hibernam naturalmente. Os resultados levantam a possibilidade de que a animação suspensa seja viável também em humanos. De facto, os métodos usados para o efeito sugerem que esta capacidade está latente em muitos organismos, por meio de um mecanismo com raízes nos primeiros dias da vida microbiana terrestre.
Imagem: Animação Suspensa (www.scienceollze.com/0507/images/0507_01.jpg)
Fontes: Sci-Am, BBC News-Science-Nature
A possibilidade de preservar a vida humana num estado reversível de animação suspensa sempre fascinou os escritores de ficção científica. Há muitas histórias em que as personagens adormecem durante séculos, em longas viagens interestelares ou durante catástrofes terrestres, para acordarem então sem terem sido afectadas pela passagem do tempo. Esta ideia é interessante, mas a sua premissa parece ser biologicamente improvável. Na realidade, nós, humanos, não parecemos ser capazes de alterar o nosso processo de envelhecimento durante a vida. É impossível suspender a actividade das nossas células, assim como é impossível parar de respirar por mais do que uns poucos minutos sem causar danos graves aos nossos órgãos vitais. No entanto, há na natureza muitos organismos que param os seus processos vitais de forma reversível; em alguns casos por muitos anos. Os cientistas deram vários nomes a esse fenómeno - torpor, hibernação, estivação, e outros - mas todos representam, na verdade, graus diferentes de animação suspensa: uma redução drástica tanto da produção de energia (metabolismo) quanto do consumo dela (actividade celular). Além disso, os organismos que se encontram nesse estado apresentam uma extraordinária resistência a temperaturas extremas, à privação de oxigénio e até mesmo a ferimentos.
Imagem: Animação Suspensa (http://img.search.com/thumb/e/ed/Lis-tos-02.jpg/300px-Lis-tos-02.jpg)
Fonte: Sci-Am
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