“Acordo entre a pureza de paredes abobadadas e imaculadamente brancas, brilhando com a luminosidade própria das moléculas orgânicas desenvolvidas pelos autóctones, a bioengenharia constituindo a expressão máxima da tecnologia dos aliados. Não sinto dores e a perna parece responder na perfeição às ordens que o meu cérebro emite. Instintivamente, percebo estar num nosocómio, o gel translúcido onde o meu corpo está mergulhado fazendo o trabalho de reconstrução dos tecidos danificados pela queda da nave, abatida por uma patrulha de insectos, o cerco fechando-se inexoravelmente sobre o quarto planeta do sistema mizariano. Acompanhado de um intérprete, o Kriegsherr planetário entra na divisão e o seu corpo esguio e cinzento inclina-se numa vénia, ao mesmo tempo que a bolha que me envolve se esvazia, nove décimos da gravidade terrestre fazendo assentar os meus pés descalços num chão que parece veludo. Depois de um duche ultra-sónico, cubro a minha nudez com o fato de voo cuidadosamente reparado por engenhosas mãos e sigo-os até à brisa morna do exterior. Aguarda-nos um veículo automático que nos transportará até à sede do governo, os planos de retaliação cuidadosamente preparados e contidos na minha cabeça havendo de ser apresentados e discutidos, o poder de uma aliança improvável proporcionando a única esperança contra os ventos de destruição soprados pelos enxames desapiedados…”
V.A.D. em Insectos
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