“Sinto pressa de um futuro que teima em não chegar, arredio e sonhado. Tenho vislumbres de mim mesmo, desenleado das futilidades que me aperreiam, liberto de limites auto-impostos, capaz de sorver cada simples momento como se fosse o último sentir. Vivo conforme posso viver, enredado nas cordas urdidas de nós, os movimentos cerceados e os pensamentos desprendidos, a terra dura sob os pés nus e a leveza de dias ditosos pairando na mente. Preciso de mundos dissemelhantes, quero repelir-me dos abismos pasmatórios que me sugam a vontade e me encarceram na apatia das horas iguais. Conto as batidas do coração, relógio do meu ser, aguardando esse ápice impreciso que provavelmente não ocorrerá. Ou talvez esse instante esteja sempre a acontecer e, sem que disso me dê conta, o desperdice constantemente. Sinto pressa de não me apressar…”
V.A.D. em Algures.
Imagem: Ponte
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