“Deitado sobre a erva macia, debaixo da luz ténue das estrelas daquele céu límpido e seco, sentia-me tranquilo, pela primeira vez em muitos anos. Talvez fosse a escuridão silenciosa, a minha melhor amiga…Nada daquilo que me havia atormentado parecia fazer sentido então, pois a determinação tinha tomado conta de mim, qual mãe confiante encorajando um filho com palavras de incentivo. Conduzi os meus pensamentos até aos dias soalheiros da minha infância, cheios de brincadeiras e de jogos, preenchidos pelas maravilhosas aventuras de quem tem um mundo inteiro para descobrir. A minha pátria era esse admirável Universo, onde cada enigma resolvido conduzia a um novo mistério, onde cada obstáculo, aparentemente intransponível, acabava por ser derrubado para que logo na minha frente se erguesse outro, ilusoriamente insuperável. Na verdade, aqueles tempos de constante aprendizagem e adaptação, já tão distantes, pouco diferiam da situação em que me via envolvido. A atitude perante a vida, a maneira como encararia os desafios e a confiança que iria depositar nas minhas capacidades, teriam de ser as mesmas que havia experimentado nos anos da minha meninice. Afinal, a minha pátria é a mesma: continuo a sentir-me uma criança…”
V.A.D. em Algures.
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