“Contei-lhe detalhadamente o que havia sucedido, expliquei-lhe que me sentia tão esgotado como num dia de ressaca, e que a minha voz reflectia isso mesmo… Manifestei-lhe o meu espanto por não ter sido definitiva, a ocorrência. Falei-lhe da esperança que havia nascido no meu espírito, pela possibilidade de aquilo estar, de alguma forma, a enfraquecer. Sou um optimista por natureza, e é também verdade que o derrotismo não leva ninguém a lado nenhum. Contudo, sei quão terrível pode ser a confiança cega no improvável. Conversámos até que os assuntos se esgotaram, ficou no ar a férrea vontade de nos voltarmos a abraçar e, sem desligar, passei a chamada à minha mulher, que entretanto havia recobrado os sentidos. Vi-lhe o sorriso no rosto, vi-lhe o olhar luminoso e senti como se fosse minha, a satisfação dela. Ouvi-a rir-se com uma vontade que há muito não lhe sentia. Resolvi registar estes acontecimentos; o que sei fazer não passa de um pálido retrato de algo que tem enegrecido um futuro que poderia vir a ser brilhante…”
V.A.D. em Derrocada.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. O horizonte de eventos e ...
. Blogs
. Abrupto
. Feelings
. Emanuela
. Sibila
. Reflexão
. TNT
. Lazy Cat
. Catinu
. Marisol
. A Túlipa
. Trapézio
. Pérola
. B612
. Emanuela
. Tibéu
. Links
. NASA