“A água fria tocou-me a pele e, instintivamente, inspirei profundamente, enquanto esfregava vigorosamente o tronco. Ao fim de alguns segundos, o meu corpo habituou-se à temperatura, e a respiração regressou à normalidade. De olhos fechados, comecei a saborear aquela sensação de frescura que se apossava de mim, revigorante e tão necessária. Durante vários dias havia vagueado por aquele estranho e seco deserto, uma planura imensa de pedras irregulares que tornavam a caminhada ainda mais penosa. Julgava-me irremediavelmente perdido naquela vastidão sem fim e, embora continuasse sem saber o que procurava, aquela queda de água, que trazia a fresquidão das elevadas altitudes da cadeia montanhosa que se erguia à minha frente, representava uma espécie de bálsamo que curava algumas feridas da mente. Recomposto, sentei-me sobre uma grande laje e deixei que os raios avermelhados do Sol Menor me afagassem, enquanto secavam a minha roupa puída. Em breve continuaria a minha busca, que desconfiava ser infindável…”
V.A.D. em Algures.
Imagem: Queda de Água (Original em www.dallasnews.com/s/dws/img/09-05/0914waterfall.jpg)
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