“Os dias cálidos, claros e soporíferos deslizam por mim como se os amanhãs nunca sonhados se condensassem num átomo de tempo, intangível e inalcançável, sem presença definida, mas simultaneamente pleno de realidade indelével. Os caminhos, já trilhados e sabidos, há muito deixaram de representar o desafio dos primeiros dias. Diz-se que o Homem é um animal de hábitos, mas questiono-me se os hábitos não destroem a verdadeira essência do Homem: a permanente procura de novos horizontes, o desassossego que resulta da quietude, a curiosidade que leva à descoberta, a inventividade, fruto do obstáculo, e todas as componentes sociológicas, amplamente estudadas e discutidas ao longo de sucessivas gerações. Sinto-me desarticulado desta civilização, tão diferente de qualquer que tivesse havido na Terra, asfixiado por uma espécie de apatia contagiante, e ao mesmo tempo incomodado pela aparente perfeição de uma sociedade que se move como um mecanismo de precisão. Os nativos parecem ter evoluído mentalmente num sentido que a nós nos é totalmente estranho…”
V.A.D. em Algures.
Imagem: Essência (www.angelsgateart.org/shows/toland/primal_essence_4.jpg)
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