"Comparadas com as actuais, todas as tiranias do passado foram tímidas e ineficazes. Os grupos dominantes, até certo ponto, sempre se deixaram contagiar pelas ideias liberais, e permitiam que inumeros domínios escapassem ao seu controlo, contentando-se em tomar apenas em consideração actos explícitos, sem se interessarem pelo que pensavam os súbditos. Pelos padrões actuais, até a Igreja Católica da Idade Média foi tolerante. Explica-se isto em parte pelo facto de no passado nenhum governo ter capacidade para manter os cidadãos sob vigilância constante. A invenção da imprensa, no entanto, tornou mais fácil a manipulação da opinião pública, e o cinema e a rádio levaram ainda mais longe o processo. Com o desenvolvimento da televisão e os avanços técnicos que tornaram possível emissão e recepção simultânea através do mesmo aparelho, a vida privada acabou. Cada cidadão, ou pelo menos cada cidadão suficientemente importante para valer a pena vigiá-lo, pode ser mantido vinte e quatro horas debaixo dos olhos da polícia e sob a influência da propaganda oficial (...) "
George Orwell, mil novecentos e oitenta e quatro ( Edições Antígona)
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