"[ ] Nuvens e névoa envolveram-me, estrelas agitadas e brilho de relâmpagos impeliram-me e pressionaram-me adiante, enquanto ventos davam assistência ao meu vôo, acelerando o meu progresso. Eles elevaram-me no alto, ao céu."
Excerto de "O livro de Enoch"
"No céu ele viu Indra, esplendidamente vestido em mantos livres de qualquer partícula de poeira, seu corpo brilhando como o sol ou o fogo, sobre uma carruagem esplêndida, seguido por todos os celestiais e inúmeros sábios de grande alma como ele próprio, que serviam como sua escolta. [ ] Aquele carro aéreo, que brilhava como o sol nascente e, luminoso como disco da lua, se assemelhava a uma massa de nuvens brancas."
Excerto de "O Ramayana"
"O céu que tu vês acima é Infinito. ( ) Os seus limites não podem ser averiguados. O Sol e a Lua não podem ver, acima ou abaixo, além dos limites de seus próprios raios. Lá, onde os raios do Sol e da Lua não podem alcançar, há corpos luminosos que são autorefulgentes e que possuem um esplendor como aquele do Sol. ( ) Possuidores de esplendor célebre, mesmo estes últimos não vêem os limites do firmamento por causa da inacessibilidade e infinitude daqueles limites. Este Espaço, o qual os próprios deuses não podem medir, está repleto de mundos resplandecentes e auto-luminosos."
Excerto do Mahabharata
Em termos descritivos, um corpo perto de uma grande massa terá tendência para se mover na sua direcção porque a estrutura tridimensional do espaço-tempo torna-se menos densa na vizinhança de um objecto massivo. A matéria comum produz gravitões numa quantidade que é determinada pela massa do objecto e estes, por sua vez, causam a aparente curvatura do espaço-tempo ao interagir com as entidades quânticas geradoras do tecido multidimensional, alterando a forma como estas o produzem.
Dado que pi decresce efectivamente quando nos aproximamos do horizonte de eventos de um buraco negro e que se torna igual a 1 nesse mesmo horizonte, o perímetro de uma circunferência iguala o diâmetro da mesma. Para lá dessa fronteira, tornando-se pi inferior à unidade, a menor distância entre dois pontos é um círculo. Nem a luz consegue escapar.
Quão subjectivo é o Tempo que goteja incessantemente na clepsidra da minha existência…?
Reprodução em laboratório de experiências transcendentais usando campos magnéticos modulados.
Deus... O resultado de um campo magnético, algo que reside apenas nas nossas mentes, ou ambos...?
Baseamos as nossas percepções nos sentidos físicos que, apesar de imperfeitos e limitados, permitem-nos aceder a um certo grau de realidade. Os nossos olhos são incapazes de experimentar a maravilha caleidoscópica dos ultravioleta e dos infravermelhos, somos insensíveis às ondas de rádio que nos envolvem numa cacofonia muda, a rudeza do nosso tacto impede-nos de sentir a fina textura de cada um dos átomos que compõem a superfície dos objectos em que julgamos tocar, percebemos os efeitos do campo gravítico mas somos incapazes de compreender a verdadeira natureza dos gravitões, confiamos no princípio da causalidade e queremos a todo o custo ignorar a incerteza de Heisenberg… É como se nos limitássemos a viver na superfície de um vasto oceano, os nossos sentidos revelando-se incapazes por si próprios de nos transmitir sequer um vislumbre das profundezas da complexa e intrínseca realidade das coisas…
Toda a matéria gera ao seu redor um campo gravítico, uma deformação na estrutura do Espaço, cujo grau de grandeza é proporcional à massa. É comum ver-se a representação pictórica deste conceito em imagens nas quais um objecto esférico, assente sobre uma superfície macia, altera a planura dessa mesma superfície. Contudo, a figuração usual é incompleta, na medida em que o Espaço é um volume tridimensional e não um plano sobre o qual os corpos celestes se deslocam. A deformação ocorre, pois, curvando o Espaço sobre si próprio. Se uma grande quantidade de matéria estiver concentrada numa região suficientemente pequena, o campo gravítico gerado encurvará de tal forma o Espaço em torno do objecto que ele ficará autocontido e isolado do resto do Universo por um horizonte de eventos.
Antes da Grande Explosão, toda a matéria e energia do Universo estavam contidas numa singularidade cósmica, o Ovo Primordial que tudo abrangia, negando peremptoriamente a exterioridade da tessitura espácio-temporal, numa nudez impossível de ser contemplada, na medida em que nem o horizonte de eventos pode existir no “não-espaço”. Destituída de sentido é pois a representação do nascimento do Cosmo como um evento passível de ser observado de um referencial que não o interior. O espaço-tempo – e as sete dimensões adicionais de curvatura a tender para o infinito – sempre existiram dentro do Todo, qualquer que fosse ou seja a sua finita dimensão.
Imagem: Singularidade (http://www.proetcontra.com/wp-content/uploads/singularity.jpg)
“– A hora é de desassossego; está confirmada a inevitabilidade do êxodo (…)”
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